Movimento Preserva Irati
Pela preservação dos patrimônios, cultural, histórico e natural de Irati. Essa página não possui cunho político, nem mesmo, visa instigar embates ideológicos ou conflitos entre os leitores e gestores. Visa tão somente, lutar pela preservação dos bens culturais, históricos e naturais, auxiliando a sociedade e o poder público com soluções viáveis para o bem da nossa sociedade. Contato: preserva.irati@gmail.com
domingo, 5 de janeiro de 2014
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
ÁREAS VERDES. POR QUE PRESERVÁ-LAS?
As
áreas verdes ou áreas de preservação são remanescentes de mata nativa ou
reflorestadas com árvores originárias do próprio local, que, em nossa região,
fazem parte da Mata Atlântica. Além desta, temos no Brasil, outros biomas que
são a Floresta Amazônica, a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal e os Pampas
Gaúchos. Todos esses biomas são extremamente importantes para a biodiversidade
do nosso país e precisam ser preservados.
O
nosso país já foi um local com grandes florestas e belezas naturais, onde todas
as espécies podiam usufruir com harmonia dos recursos que a natureza
disponibilizava. Era uma riqueza aparentemente inesgotável, mas que com o
início das grandes expedições do século XVI, começou a ter o seu cenário lenta e
gradativamente alterado, até que certo ponto sustentável, pela ação das mãos
humanas, mas que, ao longo dos séculos mostrou-se frágil diante do “domínio” do
ser humano sobre as outras espécies e sobre a natureza.
Hoje
o cenário é outro. Vivemos em um grande impasse entre o desenvolvimento e a
preservação ambiental. Vivemos em um mundo em que achamos que, se quisermos
crescer, temos que usufruir tudo o que a natureza nos oferece, esquecendo que
devemos utilizar desses recursos de maneira responsável, e que não somos os
únicos moradores desse planeta. Somos apenas uma das tantas espécies que
conosco dividem cada metro quadrado desse planeta.
Em
nome de um “legado” que será deixado para a sociedade, para que um grupo se
perpetue com seus símbolos, construções e empreendimentos, muitos governantes
pelo Brasil afora, permitem que se destrua o pouco do remanescente de áreas que
deveriam ser preservadas, esquecendo que o verdadeiro legado, seria perpetuar a
sobrevivência de áreas que serão vistas por gerações e gerações, tornando
sempre lembrados, aqueles que homologaram essa preservação.
Deveríamos
agir com sustentabilidade, mas, na prática, não é o que acontece. Fico cada dia
mais entristecido quando me deparo com a devastação que temos cometido ao longo
dos séculos, e muito preocupado ao ver que essa devastação está em ritmo
crescente e acelerado em todos os cantos por onde olho, tanto em áreas urbanas,
quanto nas rurais. Na lavoura, as matas estão sucumbindo quase que totalmente.
Nas cidades, o pouco de áreas verdes que ainda restam, estão dando lugar à
especulação imobiliária e, até mesmo a mata ciliar que deveria permanecer
intacta para proteger as nascentes, os rios e algumas espécies animais, desaparece
sem que quase ninguém questione tal destruição.
Matas
ciliares devem ser preservadas inclusive nas cidades. Córregos e rios não podem
ser escoados (escondidos) por manilhas, como se aquela água fosse somente um incômodo
resíduo a ser desprezado em rios maiores. Nós Brasileiros, vivemos em uma terra
rica e, basta andarmos um pouco pelas cidades para vermos que essa riqueza
ainda existe. Ainda! É uma riqueza que deve ser valorizada pelo que é, pelas
árvores que tem, pelos córregos que funcionam como veias e artérias da terra e
trazem vida ao planeta.
As
mesmas árvores que nos dão sombra em ruas e avenidas e que nos agraciam com
suas lições de história pelos anos que têm, são o refúgio de muitas espécies.
Quando cortamos e devastamos, interferimos negativamente na vida de muitos
animais, sem que haja a permissão destes para tal ato. Faço aqui um
questionamento: Quando alguém decide por derrubar e devastar uma área, pediu
permissão para os seus moradores (pássaros e outras espécies) ou pelo menos os
comunicou de tal ato? Claro que não, pois infelizmente, a maioria não se dá
conta de que nós, seres humanos, não estamos sozinhos nesse planeta.
A
Araucária, símbolo do Paraná, logo estará extinta se nada fizermos, e se
continuarmos a pensar que sua “função social” é mais útil do que a sua
sobrevivência. Quando lhe disserem que um pinheiro deve ser transformado em
casa para que alguém tenha moradia segura, lembre-se de que esse mesmo pinheiro
já pode ser a moradia de alguma ave e que, essa mesma árvore é fonte de
alimentos para muitas espécies e, até mesmo, para a permanência das próprias
araucárias, através das sementes que elas produzem. Dizer que árvores estão
“sobrando” ou estão sendo “inúteis” por não estarem sendo “utilizadas” é uma
afronta à natureza e a quem as criou.
Quem
participa do ciclo das águas, da distribuição das chuvas, da preservação dos
mananciais e lençóis freáticos, da absorção de carbono e é de suma importância
para que nossas terras não se transformem em deserto, senão as florestas?
Vamos
preservar o que ainda resta e que é pouco. Vamos lutar pela permanência das
poucas áreas verdes presentes em áreas urbanas e rurais, pelas matas ciliares
que protegem as nascentes, córregos e os rios. É a sustentabilidade do planeta
que está em jogo.
Se, sabemos que, um
dia as gerações que estão chegando terão que lutar pela reconstituição do meio
ambiente, replantando o que está sendo destruído agora, por que então não
preservarmos desde agora para que aqueles que hoje são crianças, não tenham
trabalho demais para tentar dar uma última chance ao planeta e à sobrevivência
das espécies, inclusive a humana? Não consigo compreender a atitude de destruir
o que está bom, que nos foi dado por Deus e por isso é bom, para depois tentar
refazer sem termos a certeza de que será como antes.
Faça
um passeio pelas estradas rurais ou pela sua cidade, e veja a riqueza que ainda
podemos contemplar. Muitas vezes, nossos olhares acostumados, impedem que
vejamos o que está diante de nós, mas, basta que deixemos que a sensibilidade
do olhar se abra para o mundo que nos cerca, para que possamos enxergar as
belezas que a natureza nos proporciona bem perto nós, possivelmente, bem diante
dos nossos olhos.
Deixar
um mundo sustentável para essa e às próximas gerações é uma meta a ser buscada
por cada um de nós a partir de hoje, antes que estas gerações não possam mais fazer
o que podemos fazer a partir de agora.
Leandro Ditzel
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
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